O cristianismo de hoje é um
cristianismo de benção, de poder, de milagres e de unção. É isso que tem sido
pregado nas igrejas: que crente não sofre e que Deus possui prosperidade e
sucesso profissional para ele guardados num cofre no céu, aberto pela senha que
é o nome de Jesus e os dízimos. Muito se fala do Deus de poder e pouco se fala
do Deus de autoridade, do Deus que é justiça e juízo. Pouco se busca a vontade
de Deus. Mas a jovem Maria, uma moça pobre de Nazaré, não estava em busca de
ouro ou prata, não desejava carros importados nem empresas multimilionárias.
Ela só queria uma coisa: que a vontade de Deus se cumprisse na vida dela.Adorada pelos católicos, a figura de
Maria acabou sendo negligenciada pelos evangélicos. Mas é esta personagem
agraciada por Deus, bem-aventurada entre todas as mulheres e ao mesmo tempo
pecadora como nós, que traz uma das maiores e mais belas lições da Bíblia: a
submissão à vontade do Pai. O texto de Lucas 1:26-38 nos traz grandes lições.
Dos versículos 26 a 28, Lucas nos mostra que Deus se revela a nós. Deus sempre se revelou aos homens ao
longo dos tempos (Adão e Eva, Moisés, Abraão, os profetas, apóstolo Paulo). Ele
se revela por meio da História, por meio das Escrituras (Êxodo 34:27,28;
mandamentos, profecias e promessas), por meio das coisas criadas (Salmo
19:1-4). Jesus Cristo é a revelação perfeita de Deus (João 1:1-14; João 5:18;
Gálatas 4:4).
Qual
o propósito de Deus se revelar ao homem? Manter relacionamento com ele e
mostrar-lhe a sua vontade. Deus se revelou à sua serva, Maria, para mostrar a
obra que haveria de realizar por meio dela. Nem sempre agimos como Maria, nem
sempre estamos prontos para ouvir aquilo que Deus quer falar para nós. Às vezes
a vontade de Deus para a nossa vida nos confunde, porque nem sempre aquilo que
Deus tem para nós é o que queremos para nós mesmos. Quais são os planos de Deus
para a nossa vida? Deus tem uma grande obra a realizar em nós e por nós.Nos
versículos 29 e 34, Maria nos dá um exemplo de humildade e de reconhecimento
da nossa incapacidade frente aos desígnios de Deus. Assim como Maria, somos
seres humanos falhos, incompletos, mas mesmo assim Deus nos escolhe e nos
separa para a sua obra. Precisamos admitir nossas falhas, nossos pecados, nossa
incapacidade de realizar sem Deus a sua obra. Mas como fazê-lo? Deus responde à
Maria que era Ele quem iria realizar a grande obra da salvação (vs. 30-33;
35-37). Não é pelo nosso talento, pela nossa capacidade, mas pelo poder de Deus
que opera em nós. É Deus quem opera tudo em todos (1 Coríntios 12:6;
Colossenses 1:29). A nossa suficiência vem do Senhor (2 Coríntios 3:5). Deus
não chama os capacitados, mas capacita os escolhidos. A vontade de Deus será
realizada a despeito da nossa pequenez: Deus se torna grande em nós.
O que precisamos é esperar em Deus e
confiar que ele fará tudo conforme nos prometeu. Diante da grandeza da obra de
Deus e da compreensão espiritual do seu chamado, Maria dá a resposta já
esperada pelo Senhor (v. 38). Ela se entrega de forma humilde e submissa à
vontade do Pai. Um coração alcançado por Deus é um coração que deseja servi-lo.
E é impossível servir a Deus sem obedecê-lo. Mesmo diante daquilo que era
humanamente impossível, Maria se submeteu aos desígnios de Deus. Submeter-se à
vontade de Deus, para a Maria daquela cultura, significaria correr o risco de
perder o seu noivo, ser apedrejada por suspeita de adultério e ser
marginalizada pela sociedade.O quanto estamos dispostos a arriscar
para cumprir a vontade de Deus para a nossa vida? Será que estamos dispostos a
pagar o preço? Será que realmente acreditamos em Deus ao ponto de nos deixar
guiar totalmente por ele ao invés de resolver tudo da nossa maneira e com
nossos próprios esforços? Diante da revelação de Deus devemos nos submeter à
sua vontade, confiar no seu poder e obedecer a sua Palavra. O apóstolo Paulo
foi um grande exemplo: de perseguidor da Igreja a mensageiro das boas-novas.
Diante da revelação de Deus, Paulo se converteu e se submeteu até a morte aos
planos de Deus para a sua vida.Precisamos refletir: será que
conhecemos a vontade de Deus para a nossa vida? Será que estamos dispostos a
nos submeter a Deus e a pagar o preço para que a sua obra se cumpra em nós?
Somos como Maria, que se reconheceu como uma serva do Senhor e se submeteu à
sua Palavra, ou como muitos crentes que não querem servir a Deus, mas querem
que Deus os sirva, decretando bênçãos para si e exigindo e cobrando de Deus
prosperidade para as suas vidas?
quarta-feira, 29 de junho de 2016
SALMO 6 - O PECADO DO HOMEM E A MISERICÓRDIA DE DEUS
Foram
muitos os momentos da minha vida – e ainda há – em que me ajoelhei aos pés do
Senhor clamando pela sua misericórdia e o seu perdão. Estamos sempre querendo
acertar, desejando seguir os mandamentos de Deus, mas nem sempre conseguimos,
porque o pecado habita em nós e por vezes nos conduz ao caminho do erro. Com o
rei Davi não era diferente. Uma particularidade da Bíblia é relatar não somente
a força, a sabedoria e a glória dos seus personagens. À exceção do Senhor
Jesus, que não pecou, a Bíblia relata, também, os equívocos e pecados cometidos
por seus heróis, demonstrando que eles eram tão humanos quanto nós e nos
fazendo entender que somente a Deus pertence a glória e somente Ele é perfeito
e totalmente justo. Davi estava aflito,
pois passava por um período de enfermidade quase fatal e cria que ela era fruto
da ira de Deus que se abatera sobre a sua vida. Esse momento de doença atraía o
olhar dos seus inimigos, que sentiam-se triunfantes. E quantas vezes isso
acontece conosco! Passamos por um momento de luta, de tribulação, de desespero,
de doença e as pessoas dizem: “Está vendo ali o crente como sofre? Onde está o
seu Deus?”. Ou quando cometemos algum erro, algum pecado, todos os dedos são
apontados para nós e as pedras são jogadas: “Está vendo como peca aquele que se
diz servo do Senhor?”. A nossa atitude deve ser como a de Davi: clamar pela
misericórdia de Deus, pelo perdão dos nossos pecados. Muitos dizem; “Eu não
posso, não consigo, é mais forte do que eu!”. Davi também não podia por seu
próprio poder, mas confiava em Deus: “Volta-te, Senhor, e livra a minha alma;
salva-me por tua graça” (v. 3). Somente a graça de Deus pode nos libertar e nos
salvar dos nossos pecados. A enfermidade do corpo em breve passará, mas a alma
doente sofrerá um dano irreparável se não for curada. Quando devemos buscar ao
Senhor? Quando devemos clamar por sua misericórdia com o coração sincero e
desejoso por mudança? Agora, pois depois da morte não existe mais perdão (v.
5). Os ossos de Davi se abalavam diante da sua dor (v. 2). Muitos pecados nos
aprisionam na doença, muitas delas psicossomáticas, algumas pessoas entram em
depressão, outras têm tendência suicida. Separações de casais são frequentes
por conta de pecados não confessados e abandonados. Não fiquemos com os olhos
cheios de lágrimas, tristes, arrasados (v. 7). Busquemos a presença do Senhor,
confessemos os nossos pecados, clamemos por sua misericórdia. Ele com certeza
nos ouvirá e nos perdoará. Nossos inimigos serão envergonhados! Todavia, a
nossa motivação não deve ser apenas a nossa dor ou o olhar reprovador das
pessoas, mas o fato de estarmos pecando contra um Deus Santo e Justo, que
merece todo o nosso amor, a nossa obediência e o nosso serviço.
Para meditar: Lucas 13:3; Atos 3:19; Ezequiel
18:31; Isaías 1:16-20; 1 João 1:9; 2 Crônicas 7:14; Romanos 4:25.
Ação transformadora: Arrependa-se e peça perdão a Deus.
SALMO 4 - FÉ E OBEDIÊNCIA: INGREDIENTES DA PAZ
Neste
mundo de desigualdades e angústias, onde os tremores de terra e de almas
alcançam todas as pessoas de igual modo, é muito bom saber em quê e em quem
temos depositado a nossa confiança. A quê ou a quem recorremos nos momentos de
angústia, quando a doença e a morte batem à nossa porta, quando nos vemos na
escassez de dinheiro, de perspectivas, de amigos, de sonhos? Quando os nossos
inimigos se levantam contra nós e tentam nos derrubar, qual é a nossa atitude?
Este quarto Salmo nos revela que a atitude do rei Davi era de buscar a Deus,
clamando por sua justiça e sua misericórdia. Ele se sentia oprimido por seus
adversários e sabia que a vida deles era pautada na vaidade e na mentira.
Quanto a ele, mantinha a sua integridade diante de Deus e deste modo podia ter
a certeza de que as suas orações eram ouvidas (v. 3). Muitas das nossas orações
não são ouvidas porque não vivemos retamente diante de Deus, porque nossos
desejos e nossos pedidos não envolvem a sua justiça. Muitos acham que Deus
atende a todos em tudo o que necessitam, mas não é isso que nos revela a
Bíblia, basta lermos Tiago 4:1,2. Um coração corroído pela maldade e pela
cobiça não tem as suas orações atendidas por Deus. Aquele, porém, que se
sujeita a Deus, chega-se a Ele, reconhece a sua pequenez e se humilha na sua
presença, é exaltado (cf. Tiago 4:7-10). Assim era o rei Davi. Ele podia dormir
tranquilo e em paz, porque o seu coração estava tranquilo. Os seus inimigos
tinham tudo, tinham posses, mas não tinham Deus, não tinham paz, não dormiam
tranquilos, não podiam repousar. Em quem está a nossa segurança: nos prazeres e
nos poderes do mundo, nas suas riquezas perecíveis ou em Deus? Aquilo em quê
temos firmado a nossa vida pode nos trazer paz de consciência, pode nos manter
de pé no dia da angústia? O apóstolo Paulo escreveu aos crentes de Filipos:
“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos”. Fé e obediência a
Deus nos garantem uma vida de paz, mesmo em meio às guerras cotidianas.
Dormiremos e acordaremos tranquilos, guardados e salvos, porque o Senhor estará
conosco. Ele nos dará a paz que o mundo não dá e que o dinheiro não pode
comprar.
Para meditar: 1 Pedro 3:11; Efésios 2:14; Romanos
5:1; Filipenses 4:6,7; Mateus 7:24-27.
Ação transformadora: Ore por seus inimigos.
SALMO 3 - ESPERE COM PACIÊNCIA NO SENHOR
Em
alguns momentos da nossa vida sentimo-nos tão pequenos e desprezíveis que
chegamos a desconhecer o nosso próprio valor. As palavras que as pessoas dizem
contra nós ferem a nossa alma e machucam o nosso coração. Palavras de desprezo,
de desânimo, de maldição, de ódio, de inveja. Alguns vão muito além das
palavras e partem para atitudes que envolvem perseguição, difamação,
descrédito, opressão e até mesmo a agressão física e a morte. Muitos de nós
sofreremos com esse tipo de coisa. Quando escreveu este Salmo, Davi estava enfrentando
grande perseguição por parte do seu próprio filho, Absalão. Além do filho, Davi
também tinha muitos inimigos e sentia-se aflito. Grande era o número de pessoas
que desejavam atentar contra ele (cf. 2 Samuel 15:12). As palavras dos seus
inimigos eram: “Não há em Deus salvação para ele” (v. 2). Talvez hoje alguém
esteja lhe dizendo: você não tem mais esperanças, você é um caso perdido, não
adianta mais insistir com você, não vale mais a pena esperar algo de você, nem
mesmo Deus pode te salvar. Seja em casa,
no trabalho, na igreja, no grupo de amigos, pode ser que você esteja sendo
perseguido, desacreditado, condenado. O que fazer? Nada do que diziam a Davi
fazia com que ele abandonasse a sua confiança em Deus. Mesmo diante das
terríveis investidas dos seus inimigos, o rei Davi estava seguro no Deus que
ele cria e que era o seu escudo. A sua exaltação não vinha dos homens, mas de
Deus. Ele clamava e Deus lhe respondia. Ele podia dormir tranquilo, recostar a
cabeça no travesseiro em paz e acordar no outro dia, porque Deus o sustentava.
Por que temer as pessoas quando quem está do nosso lado é o Deus de toda a
terra? A atitude de Davi não era de prostração, mas de oração (vs. 3 e 4). Não
importavam as circunstâncias, pois ele sabia que podia confiar em Deus, a quem
pertence a salvação (v. 8). Se você crê em Deus, se está seguro de que Ele é a
tua salvação, não há o que temer. No tempo certo a resposta virá e você sairá
vitorioso. Não pegue em armas, não amaldiçoe, apenas espere no Senhor com
paciência. Não é fácil, mas é recompensador. Não sei o que você está vivendo, o
que está passando neste momento, mas de uma coisa tenho a mais absoluta
certeza: a Deus pertence a tua salvação e a tua vitória.
Para meditar: Salmo 25:2; 40:1; 55:22; Provérbios
3:5; 28:25; Oséias 10:13; Romanos 4:18.
Ação transformadora: Enquanto espera, trabalhe na obra do Senhor. Ame!
Ação transformadora: Enquanto espera, trabalhe na obra do Senhor. Ame!
SALMO 2 - QUEM É DEUS NA TUA VIDA?
Davi
era o rei escolhido e ungido por Deus para governar o seu povo. Ele não era um
homem perfeito, cometia pecados como todos nós. Além de adulterar com
Bate-Seba, orquestrou a morte do marido dela, Urias, para encobrir o seu pecado
(1 Samuel 11,12). Ainda assim, Davi é conhecido na Bíblia como o homem segundo
o coração de Deus (Atos 13:22). Ele era alguém cujo coração voltava-se para
Deus e buscava o seu perdão, reconhecendo a miséria do seu pecado, o que
podemos ler no Salmo 51. O arrependimento, porém, jamais afastou de Davi as consequências
dos seus pecados, de modo que ele teve de suportar todas elas. Neste Salmo
segundo, Davi nos mostra um pecado que é muito mais que ferir um mandamento
(não adulterar, não matar), mas rebelar-se totalmente contra Deus. Essa
rebelião é, também, contra o Ungido do Senhor, Jesus Cristo, e a sua autoridade
como Messias e Filho de Deus (vs. 1-3). Nisto podemos ver o mundo hoje, onde as
pessoas escarnecem de Deus, conforme vimos no Salmo 1. A fé virou motivo de
piada em programas de TV, em passeatas de ativistas, em comédias de standup, em músicas. Mais ainda: a fé
está sendo estraçalhada por pregadores da Teologia da Prosperidade que blasfemam
o Evangelho de Cristo proclamando-se ungidos, curando e oferecendo prosperidade
apenas com o balançar dos seus paletós. Dos vs. 4 a 6 vemos que Deus rir-se dessas pessoas. Imagino Deus, do
alto da sua majestade, contemplando as palavras e as atitudes dos ateus,
rindo-se. Deus zomba deles! A Palavra de Deus nos garante que Jesus é Senhor
sobre tudo e sobre todos. Nada que o homem pense, fale ou faça pode mudar esta realidade.
O chamado do salmista é para que os reis e juízes da terra reconheçam e serviam
ao Senhor: “Servi ao Senhor com temor e alegrai-vos nele com temor” (v. 11). Em
quem temos crido? O que Deus significa para nós? Que papel Jesus tem exercido
na nossa vida? De repente fazemos parte dos escarnecedores, daqueles que
afrontam a Deus por sua total falta de fé. Nisso não existe felicidade, não
existe sucesso, não existe vitória nem salvação. Todavia, são “Bem-aventurados
todos os que nele se refugiam” (v. 12). Assim como Davi, o nosso refúgio deve
ser o Senhor Jesus.
Para meditar: Joel 3:16; Salmo 119:114; 2
Tessalonicenses 1:7-9; João 14:16; Isaías 59:1,2.
Ação transformadora: Assuma a posição de servo diante de
Deus.
SALMO 1 - QUAL A TUA RODA?
O
livro dos Salmos inicia definindo de que lado devemos estar. Ele apresenta dois
tipos de pessoas: o ímpio e o justo. A roda dos ímpios é onde se encontram o
pecado e o escárnio, mas o justo é chamado a não sentar nessa roda, a não
seguir o conselho dessas pessoas que estão voltadas contra Deus. O prazer dos justos está na lei do Senhor e
nela eles meditam de dia e de noite. O salmista também apresenta consequências à vida de cada um desses, tanto dos ímpios quanto dos juntos. O caráter dos
ímpios é instável e perecível, eles vivem como a palha que é dispersa pelo
vento. A sua impiedade não tem consequências apenas nesta vida, mas se estende
pela eternidade, porque “não prevalecerão no juízo” (v. 4). O seu caminho não é
um caminho direito, não anda na direção de Deus, mas perecerá (v. 6). Já os justos
não escarnecem de Deus, não zombam das suas leis, mas eles têm o seu prazer na
lei do Senhor e isso também tem as suas consequências: eles são alimentados,
são como árvores plantadas junto a ribeiros de águas e Deus provê o seu
crescimento (vs. 2 e 3). Enquanto o caminho dos ímpios conduz à destruição da
vida e da alma, os justos são bem-sucedidos naquilo que fazem, pois o Senhor
conhece o seu caminho (v. 5). Enquanto o ímpio é levado pelo vento, porque não
possui sustentação, o justo mantém-se firme, com suas raízes encravadas no
chão, no solo da Palavra do Senhor, onde se alimenta e de onde bebe as fontes
da vida. O mundo hoje escarnece de Deus: nas novelas, na Internet, nos
ativismos, na vida de pessoas que fingem ser crentes, mas não passam de
religiosos hipócritas, que vivem a defraudar os incautos e a perverter o
Evangelho de Cristo. As pessoas parecem não precisar mais de Deus e vivem um
consumismo desenfreado e uma busca insana pelo prazer a qualquer custo. De que
lado você está? Em quê congregação você vive? Deus deseja que você esteja com
Ele, amando e praticando a sua Palavra. A decisão que você tomar hoje diante
disto, terá consequências eternas na sua vida. Sente-se na roda dos justos, que
não são os “bonzinhos” ou os “santinhos”, mas aqueles que se reconhecem falidos
ao ponto de precisar dos ribeiros de Deus, sem os quais murcham e morrem. Mas
como entrar para o caminho dos justos? Paulo responde escrevendo aos romanos:
“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus, por meio de nosso
Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1).
Para meditar: Romanos 5:20; 8:33; 1 Coríntios 6:11;
Gálatas 2:16; Tito 3:7; Salmo 32:10; Judas 15.
Ação transformadora: Cuidado com as más companhias. Fuja dos
escarnecedores.
ORAÇÃO, IDENTIFICAÇÃO COM CRISTO E OS MANDAMENTOS DE DEUS
A onda neopentecostal que varre um bom número
de igrejas evangélicas pratica uma fé utilitarista e mundana, preocupando-se
apenas com as conquistas terrenas e desprezando os valores do Reino de Deus e a
volta de Cristo. Jesus não é mais que um nome mágico a ser invocado para a
solução dos mais diversos problemas do crente, acima de tudo os financeiros. Um
dos textos base para essa heresia é João 15:7, mas somente a parte b:
"pedi o que quiseres e vos será feito". E tais crentes querem muitas
coisas! O neopentecostalismo, todavia, esqueceu-se do restante do texto, que
traz duas condicionantes: permanecermos em Cristo e as suas palavras
permanecerem em nós (vs. 1-27).
A palavra de Cristo neste contexto está
ligada à pratica do amor como cumprimento dos mandamentos de Deus (vs. 10-12).
Essa permanência em Cristo, além de levar à prática do amor, produz frutos na
vida do cristão, o que está de acordo com Efésios 2:8-10. Vemos que os
pregadores neopentecostais se atêm a uma gota no oceano que é o Evangelho de Cristo.
Separam aquilo que para eles é interessante, fundamentam-se nisso e desprezam
todo o resto, o contexto. O que Deus nos diz através deste capítulo 15 de João
é que o cristão precisa identificar-se com Cristo, estar e permanecer nele,
como o ramo está ligado à árvore para ter vida. Um galho que faz parte de uma
mangueira, jamais produzirá caju. Quem está verdadeiramente enxertado em Cristo
irá produzir os seus frutos. Somos a árvore plantada no pomar do Senhor,
cuidadas e guardadas por Ele. Dele vem todos os nutrientes que precisamos para
crescer e frutificar. Árvore sem frutos é inútil e o seu fim é ser cortada.
Talvez nem árvore seja! Há muito joio no meio do trigo.
Estar em Cristo é muito mais que adesão a uma
igreja cristã ou uma declaração de fé, porque mesmo os demônios creem em Deus e
tremem. Significa fazer o que Ele fez: ser obediente até a morte, cumprir a
vontade do Pai. Isto é, mostrar essa identificação através de uma prática de
vida que está balizada pela Palavra de Deus. É muito fácil fazer parte de uma
denominação cristã, mas nelas existem muitos falsos mestres e falsos profetas.
Isto é: nem todos os que se reúnem como igreja o são de verdade. Quem é de
Cristo reflete o seu caráter, tem a sua motivação redirecionada, seus valores
alterados. O servo do Senhor tem nova disposição e vontade, não pensa de
maneira egoísta e mesquinha, mas o amor, fruto do Espírito Santo, move o seu
coração em uma nova direção: a vertical, dele para o Pai e do Pai para ele. E
esse fluir de comunhão deságua em outra direção: a horizontal, na sua relação
com o mundo e as pessoas que nele há, uma relação amorosa, comprometida,
desinteressada e solidária.
Então chegamos ao ponto principal defendido
pelos neopentecostais: ter todos os nossos pedidos atendidos. O que pedirá
aquele que está comprometido com o Reino de Deus? Que valores estarão presentes
na oração de quem deseja algo do céu sabendo-se cidadão do céu? Que motivação e
que intenções comporão essa oração? Já não somos nós que vivemos, mas Cristo
vive em nós. E esse Cristo vivo em nossos corações sabe fazer a oração correta,
porque a sua existência está impregnada pela Palavra de Deus. Jesus deixa de
ser uma senha que abre as portas dos cofres celestiais (onde afirmam existir o
outro a prata e o bronze) e passa a ser Senhor, soberano da nossa vontade, dos
nossos pedidos de oração. Não sabemos orar como convém, mas o Espírito Santo
intercede por nós com gemidos inexprimíveis. O Espírito milita contra carne e
esta deve ser mortificada para que as nossas orações sejam santas e corretas.
Em duas situações o Senhor Jesus expressou o
que deve estar em nosso coração no momento da oração. Primeiro, ao ensinar os
apóstolos a orar da maneira correta, ele colocou uma ênfase na oração: “Seja
feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6:10). O que está em
vista numa oração não é o que nós queremos, mas o que o Pai quer para nós. Por
mais sinceras, necessárias e altruístas que sejam as nossas necessidades, todas
devem estar submetidas à soberana vontade de Deus. A vontade que é feita no
céu, devemos desejar para a nossa realidade terrena, entendendo que tudo
repercute na eternidade. O segundo momento é na própria oração do Senhor Jesus
no jardim do Getsêmani. Estando às portas da sua Paixão, Ele orou ao Pai que
afastasse dele aquele cálice. Como Deus, Jesus sabia que sofrimentos terríveis
o aguardavam naquela forma humana. A prisão, os açoites, o escárnio e, por fim,
a sangrenta e brutal crucificação. Contudo, Ele ora: “Pai, se queres afasta de
mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lucas 22:42).
Jesus não precisava ter passado por aquilo
tudo, porque éramos nós os merecedores daquela cruz. Ele nada fez para merecer
tal morte, porque é justo e verdadeiro. Ele é Deus! Mas o grande amor com que nos
amou, levou-o a entregar-se a si mesmo como sacrifício por nossos pecados. Esta
era a vontade de Deus que Ele veio cumprir. Enquanto Ele, o próprio Deus,
fez-se maldição em nosso lugar, abriu mão da sua glória e se tornou servo dos
seus servos, nós buscamos a nossa vontade, exigimos os nossos direitos às
bênçãos que dizemos terem sido conquistadas para nós na cruz, decretamos a
nossa vitória, profetizamos o cumprimento das promessas. Que promessas? Em que
momentos dizemos: “Senhor, não seja feito como eu quero, mas como tu queres”?
A teologia neopentecostal é desprovida de
base bíblica e de graça. Ela é legalista, materialista e demoníaca. O cristão
genuíno, convertido ao Senhor Jesus, busca a vontade de Deus, e a sua vontade é
que vivamos em amor e cumpramos os seus mandamentos. Logo, nossos pedidos de
oração devem ter o amor como base: amor a Deus e ao próximo. Eles devem,
também, obedecer os parâmetros bíblicos e jamais ir contra os mandamentos de
Deus. A nossa oração deve estar repleta de graça e de bondade, cheia da
expectativa do agir soberano de Deus. Mais que desejar ardentemente que um
pedido seja atendido, o nosso coração deve ansiar por ver a vontade de Deus se
cumprindo, e se alegrar nisso, porque não teremos o que a nossa mente limitada
planejou, mas o que de bom, perfeito e agradável Deus tem para nós.
Quais são os frutos das nossas orações? Quem
poderá saboreá-los? Que frutos temos dado? Deus cuida de nós, abençoa-nos com
toda sorte de bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo, provê-nos de
tudo o que precisamos para viver (vida, ar, saúde, alimento, vestimenta, fé),
dá-nos livramentos que nem sempre temos conhecimento, fortalece-nos,
capacita-nos, reveste-nos de poder para pregar o seu Evangelho, enche-nos com
seu Santo Espírito, santifica-nos na sua Palavra, adota-nos como seus filhos e
nos destina para a eternidade ao seu lado. O que ainda mais temos a exigir?
Vamos dar glória a Deus, porque Ele não atende a maioria das nossas orações.
Vamos viver em santidade, em amor, servindo uns aos outros, sendo gratos por
tudo, batalhando pela fé evangélica, socorrendo os necessitados. Busquemos em
primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, porque, de acordo com os
valores desse Reino e o padrão de justiça de Deus, todas as demais coisas nos
serão acrescentadas.
Amém.
Mizael
de Souza Xavier
29.06.2016
terça-feira, 28 de junho de 2016
QUEM TEM PROMESSA NÃO MORRE!
Uma
das frases mais equivocadas que li em uma postagem no Facebook foi: “Quem tem
promessa não morre”. Logo me recordei da letra de uma canção: “Eu não morrerei
enquanto Deus não cumprir em mim todos sonhos que Ele mesmo sonhou pra mim”.
Por muitas vezes me consolei com essas palavras, entendendo que eu jamais iria
morrer enquanto todos os planos de Deus para a minha vida não se cumprissem.
Mas quais planos? Geralmente nós fazemos os planos, oramos pedindo que Deus os
abençoe e consideramos que eles vieram de Deus para nós. Ou de repente, em um
culto onde havia a presença de um “profeta”, foi profetizado algo sobre a nossa
vida e passamos a viver em função disso, a aguardar a sua concretização. E
acreditamos que, mesmo que passem cem anos, não morreremos enquanto a promessa
não for cumprida. O texto que me vem à mente e que pode resumir a vida de
muitos personagens importantes da Bíblia, naquilo que diz respeito à espera da
concretização da promessa de Deus sobre a nossa vida, é o capítulo 11 de
Hebreus. É inegável o plano maravilhoso que Deus tinha na vida daqueles homens
e mulheres. Deus levou-os até onde desejava e operou neles e através deles
aquilo que era a sua soberana vontade. Deus tinha um plano para Abraão: fazer
dele uma grande nação. E fez. Tinha um plano para Moisés: usar a sua liderança
para libertar o povo da escravidão do Egito. E libertou. As muralhas de Jericó
ruíram segundo o propósito de Deus, Raabe preservou a sua vida. Tantos outros
obtiveram promessas, todas obtidas por meio de muita tribulação e provação,
fatores não considerados pelos crentes que hoje anseiam pela concretização das
suas “promessas”. Mas o texto prossegue e afirma: “Ora, todos estes que
obtiveram bom testemunho por sua fé, não obtiveram, contudo, a concretização da
promessa” (v. 39). Neste ponto podemos perguntar espantados: como não? Então quer
dizer que mesmo com seu bom testemunho, sua fé e todo o sofrimento que
enfrentaram, eles não obtiveram a promessa? Até onde sabemos, Abraão foi pai de
uma grande nação e Moisés libertou o povo do Egito. Como assim não obtiveram a
promessa? O autor de Hebreus prossegue: “por haver Deus provido coisa superior
a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados” (v. 40).
Para entendermos melhor ainda a questão, vamos retornar ao v. 13: “Todos estes
morreram na fé, sem ter obtido as promessas, vendo-as, porém, de longe, e
saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra”.
Abraão saiu da sua terra e morreu sem enxergar a terra prometida, mas cria nas
promessas de Deus. Mas o autor deixa bastante claro que, tanto Abraão quando
todos os heróis da fé não aspiravam um espaço geográfico neste mundo, mas uma
pátria superior, celestial. É o que lemos nos versículos 10 e 16. Então, que
promessas temos esperado de Deus? Quê pátria anelamos? Se esperamos pela pátria
celestial, sabemos que Jesus pode voltar a qualquer instante ou somente após a
nossa morte. Se a nossa preocupação é com as bênçãos deste mundo, as riquezas
que cremos que Deus nos prometeu (emprego, dinheiro, casamento, casa, carro,
etc.), pode ser que elas cheguem antes de morrermos. Por outro lado, se
queremos estar vivos para receber essas coisas, a concretização dessas
“promessas”, pode significar que o nosso coração não está no Reino de Deus, na
pátria celestial. Pode ser que não oramos clamando “Vem, Senhor Jesus”, porque
não queremos morrer antes de obtermos aquilo que tanto almejamos. Onde está o
seu coração? Leia Mateus 6:21. O que você tem buscado nesta terra? Leia Mateus
6:33. Qual o seu verdadeiro anseio? Leia Filipenses 1:21-23. É preciso recordar
que não existe qualquer ensinamento bíblico que dê apoio à frase “Quem tem
promessa não morre”. Todos nós temos uma promessa, tanto aqueles que creem em
Cristo quanto aqueles que não creem
Para meditar: Hebreus 4:1; 9:15; 2
Pedro 3:13; Efésios 3:6; Gálatas 3:22; Atos 7:17; João 3:18.
Ação transformadora: Busque em primeiro
lugar o Reino de Deus.
RESPEITANDO E INFLUENCIANDO
“Não
compartilho meus pensamentos achando que vou mudar a cabeça de pessoas que
pensam diferente. Compartilho meus pensamentos para mostrar às pessoas que já
pensam como eu que elas não estão sozinhas”. Embora aparentemente altruísta,
esta assertiva esconde diversas incoerências. Em primeiro lugar, deve-se
respeitar a atitude do seu autor de não desejar exercer qualquer influência
sobre o pensamento das outras pessoas, mas apenas demonstrar sua solidariedade
para com aqueles que já pensam igual a ele. No mundo em que vivemos, todavia,
influenciar e ser influenciado é algo que ocorre o tempo inteiro, quer
queiramos ou não. Acima de tudo nas redes sociais, onde a diversidade de
público é imensurável, nem sempre aquilo que pensamos encontrará apenas pessoas
que pensam como nós. Pessoalmente, penso totalmente o inverso do autor da
referida frase. O meu anseio é por influenciar o pensamento das pessoas,
levá-las a questionarem as suas crenças e valores. No fim pode ser que elas
cheguem à conclusão de que estão certas e eu errado, não é esse o problema. A
questão é assumir uma posição pessoal diante de qualquer situação, ter uma
opinião formada sobre algo, mesmo que vá contra o pensamento da maioria. Se o
objetivo do autor é insinuar que devemos respeitar a opinião dos outros sem
questioná-las, ele está enganado. As mídias tentam diariamente de todas as
formas influenciar o nosso pensamento, levando-nos a acreditar que precisamos
com urgência dos seus produtos e serviços. As propagandas político-partidárias
objetivam nos convencer de que certo candidato é o ideal. Estamos sempre sendo
bombardeados por informações contrárias àquilo em quê acreditamos. Cabe a nós
aceitá-las ou não, comprá-las ou não. Por outro lado, devemos de fato tentar
mudar a cabeça das pessoas, buscando formas de convencê-las a se desviarem do
mau caminho: das drogas, dos crimes, da violência, da mentira. Propagandas,
campanhas, pregações, mensagens, vídeos são criados nesse sentido: mudar a
opinião dessas pessoas e levá-las a pensar diferente. Não fazer isso é egoísmo
e indiferença. Viver é influenciar. Liderança é influência. Tudo e todos o
tempo inteiro estão exercendo algum tipo de influência, boa ou má. Tal frase
jamais caberá na realidade da Igreja de Jesus, que diariamente exerce
influência sobre o mundo por meio da pregação do Reino de Deus, uma pregação que
subverte as estruturas mentais hodiernas e aponta para a verdade absoluta do
Evangelho de Cristo. Jesus e suas palavras influenciaram as pessoas da sua
época, há mais de 2 mil anos atrás e continuam a influenciar até hoje. E o
chamado de Jesus não é ao conformismo, à manutenção de um estado de coisas, mas
à conversão, à transformação integral de vidas. Como discípulos de Jesus, somos
o sal que não salga a si mesmo, mas onde não existe sal. Somos a luz que não
ilumina a si mesma, mas onde as trevas imperam. Respeitemos a opinião dos
outros, mas nunca deixemos de ser boas influências.
Para meditar: Isaías 61:1; Mateus
4:17; Marcos 16:15; Atos 5:42; Romanos 10:12-15; 2 Timóteo 4:2.
Ação transformadora: Aprenda a escutar
antes de falar.
VÁ ATRÁS DO QUE TE FAZ FELIZ
“Vai
atrás do que te faz feliz, não importa o que os outros vão dizer. O importante
é o seu sorriso, o importante é você estar bem. Em primeiro lugar, se ame!”.
Outra bela frase de autoajuda, daquelas que nos animam e nos colocam num lugar
privilegiado: antes e acima de todas as outras pessoas. Esse pensamento egoísta
e individualista faz muito sentido em um mundo cheio de pecado, onde o amor
resume-se na satisfação hedonista das próprias necessidades e ambições. Um
mundo dominado pelo capitalismo predatório, pela competitividade mesquinha,
pela ganância por bens materiais. Não importa a opinião de ninguém, o
importante é ir à busca da própria felicidade. Mas e se essa felicidade
significar prejuízo para as demais pessoas? E se para eu ser feliz alguém precisar
sofrer, perder algo, ser infeliz? Então se o que me faz feliz é ter muitas
mulheres, usar drogas, adulterar, mentir, roubar, matar eu devo ir à busca
disso sem me importar com o que vão dizer? Como poderei sorrir e me sentir bem
ás custas da desgraça dos outros? Como não me importar com quem está ao meu
lado? Imagino que um filho deva fazer aquilo que achar melhor sem se importar
com o que seus pais dirão. Frases como essas desconstroem a vida humana, levam
as pessoas a uma busca insana por uma vida perfeita que não existe. Como já
afirmei, somos seres interdependentes. É preciso saber que aquilo que pensamos,
sentimos, somos e fazemos afetará de algum modo a vida das outras pessoas. É
preciso pensar nelas antes de qualquer decisão. Por falta dessa preocupação com
o bem-estar do próximo, com a felicidade do vizinho, com as implicações
negativas que as nossas atitudes podem ter na vida da nossa comunidade é que
existem as guerras, os conflitos, as separações, os assassinatos, o tráfico de
drogas. Trazendo essa frase para a realidade cristã focada na Revelação
bíblica, firmada em Cristo Jesus, ela destrói inúmeras verdades eternas. Jesus,
o próprio Deus encarnado, fez a sua própria vontade? Escrevendo aos crentes de
Filipos, o apóstolo Paulo exemplifica claramente como deve ser a atitude do
cristão na questão levantada pela frase que estamos estudando: “Portanto, se há
algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no
Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, Completai o meu gozo,
para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma
coisa. Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um
considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é
propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que
haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em
forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si
mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e achado na
forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de
cruz” (Filipenses 2:1-8). Devemos amar a nós mesmos, mas é preciso amar
primeiramente a Deus. Amar a si mesmo não significa amar-se independente das
pessoas ou apesar delas. O mandamento não é este em Mateus 19:19. Amor próprio
não é egoísmo, não é autossuficiência. Impossível se amar sem se reconhecer
dependente do outro. Devemos estar certos de que nos amamos, mas se nosso amor
próprio não acontecer verticalmente (nós e Deus) e horizontalmente (nós e o
outro), não é amor, é egolatria.
Para meditar: Tiago 2:8; Gálatas
5:14; Romanos 13:9; Mateus 19:19; 2 Timóteo 3:2.
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