quarta-feira, 29 de junho de 2016

SUBMETENDO-SE À VONTADE DE DEUS




O cristianismo de hoje é um cristianismo de benção, de poder, de milagres e de unção. É isso que tem sido pregado nas igrejas: que crente não sofre e que Deus possui prosperidade e sucesso profissional para ele guardados num cofre no céu, aberto pela senha que é o nome de Jesus e os dízimos. Muito se fala do Deus de poder e pouco se fala do Deus de autoridade, do Deus que é justiça e juízo. Pouco se busca a vontade de Deus. Mas a jovem Maria, uma moça pobre de Nazaré, não estava em busca de ouro ou prata, não desejava carros importados nem empresas multimilionárias. Ela só queria uma coisa: que a vontade de Deus se cumprisse na vida dela.Adorada pelos católicos, a figura de Maria acabou sendo negligenciada pelos evangélicos. Mas é esta personagem agraciada por Deus, bem-aventurada entre todas as mulheres e ao mesmo tempo pecadora como nós, que traz uma das maiores e mais belas lições da Bíblia: a submissão à vontade do Pai. O texto de Lucas 1:26-38 nos traz grandes lições. Dos versículos 26 a 28, Lucas nos mostra que Deus se revela a nós. Deus sempre se revelou aos homens ao longo dos tempos (Adão e Eva, Moisés, Abraão, os profetas, apóstolo Paulo). Ele se revela por meio da História, por meio das Escrituras (Êxodo 34:27,28; mandamentos, profecias e promessas), por meio das coisas criadas (Salmo 19:1-4). Jesus Cristo é a revelação perfeita de Deus (João 1:1-14; João 5:18; Gálatas 4:4).
          Qual o propósito de Deus se revelar ao homem? Manter relacionamento com ele e mostrar-lhe a sua vontade. Deus se revelou à sua serva, Maria, para mostrar a obra que haveria de realizar por meio dela. Nem sempre agimos como Maria, nem sempre estamos prontos para ouvir aquilo que Deus quer falar para nós. Às vezes a vontade de Deus para a nossa vida nos confunde, porque nem sempre aquilo que Deus tem para nós é o que queremos para nós mesmos. Quais são os planos de Deus para a nossa vida? Deus tem uma grande obra a realizar em nós e por nós.Nos versículos 29 e 34, Maria nos dá um exemplo de humildade e de reconhecimento da nossa incapacidade frente aos desígnios de Deus. Assim como Maria, somos seres humanos falhos, incompletos, mas mesmo assim Deus nos escolhe e nos separa para a sua obra. Precisamos admitir nossas falhas, nossos pecados, nossa incapacidade de realizar sem Deus a sua obra. Mas como fazê-lo? Deus responde à Maria que era Ele quem iria realizar a grande obra da salvação (vs. 30-33; 35-37). Não é pelo nosso talento, pela nossa capacidade, mas pelo poder de Deus que opera em nós. É Deus quem opera tudo em todos (1 Coríntios 12:6; Colossenses 1:29). A nossa suficiência vem do Senhor (2 Coríntios 3:5). Deus não chama os capacitados, mas capacita os escolhidos. A vontade de Deus será realizada a despeito da nossa pequenez: Deus se torna grande em nós.
           O que precisamos é esperar em Deus e confiar que ele fará tudo conforme nos prometeu. Diante da grandeza da obra de Deus e da compreensão espiritual do seu chamado, Maria dá a resposta já esperada pelo Senhor (v. 38). Ela se entrega de forma humilde e submissa à vontade do Pai. Um coração alcançado por Deus é um coração que deseja servi-lo. E é impossível servir a Deus sem obedecê-lo. Mesmo diante daquilo que era humanamente impossível, Maria se submeteu aos desígnios de Deus. Submeter-se à vontade de Deus, para a Maria daquela cultura, significaria correr o risco de perder o seu noivo, ser apedrejada por suspeita de adultério e ser marginalizada pela sociedade.O quanto estamos dispostos a arriscar para cumprir a vontade de Deus para a nossa vida? Será que estamos dispostos a pagar o preço? Será que realmente acreditamos em Deus ao ponto de nos deixar guiar totalmente por ele ao invés de resolver tudo da nossa maneira e com nossos próprios esforços? Diante da revelação de Deus devemos nos submeter à sua vontade, confiar no seu poder e obedecer a sua Palavra. O apóstolo Paulo foi um grande exemplo: de perseguidor da Igreja a mensageiro das boas-novas. Diante da revelação de Deus, Paulo se converteu e se submeteu até a morte aos planos de Deus para a sua vida.Precisamos refletir: será que conhecemos a vontade de Deus para a nossa vida? Será que estamos dispostos a nos submeter a Deus e a pagar o preço para que a sua obra se cumpra em nós? Somos como Maria, que se reconheceu como uma serva do Senhor e se submeteu à sua Palavra, ou como muitos crentes que não querem servir a Deus, mas querem que Deus os sirva, decretando bênçãos para si e exigindo e cobrando de Deus prosperidade para as suas vidas?

SALMO 6 - O PECADO DO HOMEM E A MISERICÓRDIA DE DEUS




Foram muitos os momentos da minha vida – e ainda há – em que me ajoelhei aos pés do Senhor clamando pela sua misericórdia e o seu perdão. Estamos sempre querendo acertar, desejando seguir os mandamentos de Deus, mas nem sempre conseguimos, porque o pecado habita em nós e por vezes nos conduz ao caminho do erro. Com o rei Davi não era diferente. Uma particularidade da Bíblia é relatar não somente a força, a sabedoria e a glória dos seus personagens. À exceção do Senhor Jesus, que não pecou, a Bíblia relata, também, os equívocos e pecados cometidos por seus heróis, demonstrando que eles eram tão humanos quanto nós e nos fazendo entender que somente a Deus pertence a glória e somente Ele é perfeito e totalmente  justo. Davi estava aflito, pois passava por um período de enfermidade quase fatal e cria que ela era fruto da ira de Deus que se abatera sobre a sua vida. Esse momento de doença atraía o olhar dos seus inimigos, que sentiam-se triunfantes. E quantas vezes isso acontece conosco! Passamos por um momento de luta, de tribulação, de desespero, de doença e as pessoas dizem: “Está vendo ali o crente como sofre? Onde está o seu Deus?”. Ou quando cometemos algum erro, algum pecado, todos os dedos são apontados para nós e as pedras são jogadas: “Está vendo como peca aquele que se diz servo do Senhor?”. A nossa atitude deve ser como a de Davi: clamar pela misericórdia de Deus, pelo perdão dos nossos pecados. Muitos dizem; “Eu não posso, não consigo, é mais forte do que eu!”. Davi também não podia por seu próprio poder, mas confiava em Deus: “Volta-te, Senhor, e livra a minha alma; salva-me por tua graça” (v. 3). Somente a graça de Deus pode nos libertar e nos salvar dos nossos pecados. A enfermidade do corpo em breve passará, mas a alma doente sofrerá um dano irreparável se não for curada. Quando devemos buscar ao Senhor? Quando devemos clamar por sua misericórdia com o coração sincero e desejoso por mudança? Agora, pois depois da morte não existe mais perdão (v. 5). Os ossos de Davi se abalavam diante da sua dor (v. 2). Muitos pecados nos aprisionam na doença, muitas delas psicossomáticas, algumas pessoas entram em depressão, outras têm tendência suicida. Separações de casais são frequentes por conta de pecados não confessados e abandonados. Não fiquemos com os olhos cheios de lágrimas, tristes, arrasados (v. 7). Busquemos a presença do Senhor, confessemos os nossos pecados, clamemos por sua misericórdia. Ele com certeza nos ouvirá e nos perdoará. Nossos inimigos serão envergonhados! Todavia, a nossa motivação não deve ser apenas a nossa dor ou o olhar reprovador das pessoas, mas o fato de estarmos pecando contra um Deus Santo e Justo, que merece todo o nosso amor, a nossa obediência e o nosso serviço.

Para meditar: Lucas 13:3; Atos 3:19; Ezequiel 18:31; Isaías 1:16-20; 1 João 1:9; 2 Crônicas 7:14; Romanos 4:25.



Ação transformadora: Arrependa-se e peça perdão a Deus.

SALMO 4 - FÉ E OBEDIÊNCIA: INGREDIENTES DA PAZ




Neste mundo de desigualdades e angústias, onde os tremores de terra e de almas alcançam todas as pessoas de igual modo, é muito bom saber em quê e em quem temos depositado a nossa confiança. A quê ou a quem recorremos nos momentos de angústia, quando a doença e a morte batem à nossa porta, quando nos vemos na escassez de dinheiro, de perspectivas, de amigos, de sonhos? Quando os nossos inimigos se levantam contra nós e tentam nos derrubar, qual é a nossa atitude? Este quarto Salmo nos revela que a atitude do rei Davi era de buscar a Deus, clamando por sua justiça e sua misericórdia. Ele se sentia oprimido por seus adversários e sabia que a vida deles era pautada na vaidade e na mentira. Quanto a ele, mantinha a sua integridade diante de Deus e deste modo podia ter a certeza de que as suas orações eram ouvidas (v. 3). Muitas das nossas orações não são ouvidas porque não vivemos retamente diante de Deus, porque nossos desejos e nossos pedidos não envolvem a sua justiça. Muitos acham que Deus atende a todos em tudo o que necessitam, mas não é isso que nos revela a Bíblia, basta lermos Tiago 4:1,2. Um coração corroído pela maldade e pela cobiça não tem as suas orações atendidas por Deus. Aquele, porém, que se sujeita a Deus, chega-se a Ele, reconhece a sua pequenez e se humilha na sua presença, é exaltado (cf. Tiago 4:7-10). Assim era o rei Davi. Ele podia dormir tranquilo e em paz, porque o seu coração estava tranquilo. Os seus inimigos tinham tudo, tinham posses, mas não tinham Deus, não tinham paz, não dormiam tranquilos, não podiam repousar. Em quem está a nossa segurança: nos prazeres e nos poderes do mundo, nas suas riquezas perecíveis ou em Deus? Aquilo em quê temos firmado a nossa vida pode nos trazer paz de consciência, pode nos manter de pé no dia da angústia? O apóstolo Paulo escreveu aos crentes de Filipos: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos”. Fé e obediência a Deus nos garantem uma vida de paz, mesmo em meio às guerras cotidianas. Dormiremos e acordaremos tranquilos, guardados e salvos, porque o Senhor estará conosco. Ele nos dará a paz que o mundo não dá e que o dinheiro não pode comprar.

Para meditar: 1 Pedro 3:11; Efésios 2:14; Romanos 5:1; Filipenses 4:6,7; Mateus 7:24-27.



Ação transformadora: Ore por seus inimigos.

SALMO 3 - ESPERE COM PACIÊNCIA NO SENHOR




Em alguns momentos da nossa vida sentimo-nos tão pequenos e desprezíveis que chegamos a desconhecer o nosso próprio valor. As palavras que as pessoas dizem contra nós ferem a nossa alma e machucam o nosso coração. Palavras de desprezo, de desânimo, de maldição, de ódio, de inveja. Alguns vão muito além das palavras e partem para atitudes que envolvem perseguição, difamação, descrédito, opressão e até mesmo a agressão física e a morte. Muitos de nós sofreremos com esse tipo de coisa. Quando escreveu este Salmo, Davi estava enfrentando grande perseguição por parte do seu próprio filho, Absalão. Além do filho, Davi também tinha muitos inimigos e sentia-se aflito. Grande era o número de pessoas que desejavam atentar contra ele (cf. 2 Samuel 15:12). As palavras dos seus inimigos eram: “Não há em Deus salvação para ele” (v. 2). Talvez hoje alguém esteja lhe dizendo: você não tem mais esperanças, você é um caso perdido, não adianta mais insistir com você, não vale mais a pena esperar algo de você, nem mesmo Deus pode te salvar.  Seja em casa, no trabalho, na igreja, no grupo de amigos, pode ser que você esteja sendo perseguido, desacreditado, condenado. O que fazer? Nada do que diziam a Davi fazia com que ele abandonasse a sua confiança em Deus. Mesmo diante das terríveis investidas dos seus inimigos, o rei Davi estava seguro no Deus que ele cria e que era o seu escudo. A sua exaltação não vinha dos homens, mas de Deus. Ele clamava e Deus lhe respondia. Ele podia dormir tranquilo, recostar a cabeça no travesseiro em paz e acordar no outro dia, porque Deus o sustentava. Por que temer as pessoas quando quem está do nosso lado é o Deus de toda a terra? A atitude de Davi não era de prostração, mas de oração (vs. 3 e 4). Não importavam as circunstâncias, pois ele sabia que podia confiar em Deus, a quem pertence a salvação (v. 8). Se você crê em Deus, se está seguro de que Ele é a tua salvação, não há o que temer. No tempo certo a resposta virá e você sairá vitorioso. Não pegue em armas, não amaldiçoe, apenas espere no Senhor com paciência. Não é fácil, mas é recompensador. Não sei o que você está vivendo, o que está passando neste momento, mas de uma coisa tenho a mais absoluta certeza: a Deus pertence a tua salvação e a tua vitória.

Para meditar: Salmo 25:2; 40:1; 55:22; Provérbios 3:5; 28:25; Oséias 10:13; Romanos 4:18.

Ação transformadora: Enquanto espera, trabalhe na obra do Senhor. Ame!

SALMO 2 - QUEM É DEUS NA TUA VIDA?




Davi era o rei escolhido e ungido por Deus para governar o seu povo. Ele não era um homem perfeito, cometia pecados como todos nós. Além de adulterar com Bate-Seba, orquestrou a morte do marido dela, Urias, para encobrir o seu pecado (1 Samuel 11,12). Ainda assim, Davi é conhecido na Bíblia como o homem segundo o coração de Deus (Atos 13:22). Ele era alguém cujo coração voltava-se para Deus e buscava o seu perdão, reconhecendo a miséria do seu pecado, o que podemos ler no Salmo 51. O arrependimento, porém, jamais afastou de Davi as consequências dos seus pecados, de modo que ele teve de suportar todas elas. Neste Salmo segundo, Davi nos mostra um pecado que é muito mais que ferir um mandamento (não adulterar, não matar), mas rebelar-se totalmente contra Deus. Essa rebelião é, também, contra o Ungido do Senhor, Jesus Cristo, e a sua autoridade como Messias e Filho de Deus (vs. 1-3). Nisto podemos ver o mundo hoje, onde as pessoas escarnecem de Deus, conforme vimos no Salmo 1. A fé virou motivo de piada em programas de TV, em passeatas de ativistas, em comédias de standup, em músicas. Mais ainda: a fé está sendo estraçalhada por pregadores da Teologia da Prosperidade que blasfemam o Evangelho de Cristo proclamando-se ungidos, curando e oferecendo prosperidade apenas com o balançar dos seus paletós. Dos vs. 4 a 6 vemos que Deus rir-se dessas pessoas. Imagino Deus, do alto da sua majestade, contemplando as palavras e as atitudes dos ateus, rindo-se. Deus zomba deles! A Palavra de Deus nos garante que Jesus é Senhor sobre tudo e sobre todos. Nada que o homem pense, fale ou faça pode mudar esta realidade. O chamado do salmista é para que os reis e juízes da terra reconheçam e serviam ao Senhor: “Servi ao Senhor com temor e alegrai-vos nele com temor” (v. 11). Em quem temos crido? O que Deus significa para nós? Que papel Jesus tem exercido na nossa vida? De repente fazemos parte dos escarnecedores, daqueles que afrontam a Deus por sua total falta de fé. Nisso não existe felicidade, não existe sucesso, não existe vitória nem salvação. Todavia, são “Bem-aventurados todos os que nele se refugiam” (v. 12). Assim como Davi, o nosso refúgio deve ser o Senhor Jesus.

Para meditar: Joel 3:16; Salmo 119:114; 2 Tessalonicenses 1:7-9; João 14:16; Isaías 59:1,2.


Ação transformadora: Assuma a posição de servo diante de Deus.

SALMO 1 - QUAL A TUA RODA?




O livro dos Salmos inicia definindo de que lado devemos estar. Ele apresenta dois tipos de pessoas: o ímpio e o justo. A roda dos ímpios é onde se encontram o pecado e o escárnio, mas o justo é chamado a não sentar nessa roda, a não seguir o conselho dessas pessoas que estão voltadas contra Deus.  O prazer dos justos está na lei do Senhor e nela eles meditam de dia e de noite. O salmista também apresenta consequências à vida de cada um desses, tanto dos ímpios quanto dos juntos. O caráter dos ímpios é instável e perecível, eles vivem como a palha que é dispersa pelo vento. A sua impiedade não tem consequências apenas nesta vida, mas se estende pela eternidade, porque “não prevalecerão no juízo” (v. 4). O seu caminho não é um caminho direito, não anda na direção de Deus, mas perecerá (v. 6). Já os justos não escarnecem de Deus, não zombam das suas leis, mas eles têm o seu prazer na lei do Senhor e isso também tem as suas consequências: eles são alimentados, são como árvores plantadas junto a ribeiros de águas e Deus provê o seu crescimento (vs. 2 e 3). Enquanto o caminho dos ímpios conduz à destruição da vida e da alma, os justos são bem-sucedidos naquilo que fazem, pois o Senhor conhece o seu caminho (v. 5). Enquanto o ímpio é levado pelo vento, porque não possui sustentação, o justo mantém-se firme, com suas raízes encravadas no chão, no solo da Palavra do Senhor, onde se alimenta e de onde bebe as fontes da vida. O mundo hoje escarnece de Deus: nas novelas, na Internet, nos ativismos, na vida de pessoas que fingem ser crentes, mas não passam de religiosos hipócritas, que vivem a defraudar os incautos e a perverter o Evangelho de Cristo. As pessoas parecem não precisar mais de Deus e vivem um consumismo desenfreado e uma busca insana pelo prazer a qualquer custo. De que lado você está? Em quê congregação você vive? Deus deseja que você esteja com Ele, amando e praticando a sua Palavra. A decisão que você tomar hoje diante disto, terá consequências eternas na sua vida. Sente-se na roda dos justos, que não são os “bonzinhos” ou os “santinhos”, mas aqueles que se reconhecem falidos ao ponto de precisar dos ribeiros de Deus, sem os quais murcham e morrem. Mas como entrar para o caminho dos justos? Paulo responde escrevendo aos romanos: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1).

Para meditar: Romanos 5:20; 8:33; 1 Coríntios 6:11; Gálatas 2:16; Tito 3:7; Salmo 32:10; Judas 15.

Ação transformadora: Cuidado com as más companhias. Fuja dos escarnecedores.


ORAÇÃO, IDENTIFICAÇÃO COM CRISTO E OS MANDAMENTOS DE DEUS




A onda neopentecostal que varre um bom número de igrejas evangélicas pratica uma fé utilitarista e mundana, preocupando-se apenas com as conquistas terrenas e desprezando os valores do Reino de Deus e a volta de Cristo. Jesus não é mais que um nome mágico a ser invocado para a solução dos mais diversos problemas do crente, acima de tudo os financeiros. Um dos textos base para essa heresia é João 15:7, mas somente a parte b: "pedi o que quiseres e vos será feito". E tais crentes querem muitas coisas! O neopentecostalismo, todavia, esqueceu-se do restante do texto, que traz duas condicionantes: permanecermos em Cristo e as suas palavras permanecerem em nós (vs. 1-27).
A palavra de Cristo neste contexto está ligada à pratica do amor como cumprimento dos mandamentos de Deus (vs. 10-12). Essa permanência em Cristo, além de levar à prática do amor, produz frutos na vida do cristão, o que está de acordo com Efésios 2:8-10. Vemos que os pregadores neopentecostais se atêm a uma gota no oceano que é o Evangelho de Cristo. Separam aquilo que para eles é interessante, fundamentam-se nisso e desprezam todo o resto, o contexto. O que Deus nos diz através deste capítulo 15 de João é que o cristão precisa identificar-se com Cristo, estar e permanecer nele, como o ramo está ligado à árvore para ter vida. Um galho que faz parte de uma mangueira, jamais produzirá caju. Quem está verdadeiramente enxertado em Cristo irá produzir os seus frutos. Somos a árvore plantada no pomar do Senhor, cuidadas e guardadas por Ele. Dele vem todos os nutrientes que precisamos para crescer e frutificar. Árvore sem frutos é inútil e o seu fim é ser cortada. Talvez nem árvore seja! Há muito joio no meio do trigo.
Estar em Cristo é muito mais que adesão a uma igreja cristã ou uma declaração de fé, porque mesmo os demônios creem em Deus e tremem. Significa fazer o que Ele fez: ser obediente até a morte, cumprir a vontade do Pai. Isto é, mostrar essa identificação através de uma prática de vida que está balizada pela Palavra de Deus. É muito fácil fazer parte de uma denominação cristã, mas nelas existem muitos falsos mestres e falsos profetas. Isto é: nem todos os que se reúnem como igreja o são de verdade. Quem é de Cristo reflete o seu caráter, tem a sua motivação redirecionada, seus valores alterados. O servo do Senhor tem nova disposição e vontade, não pensa de maneira egoísta e mesquinha, mas o amor, fruto do Espírito Santo, move o seu coração em uma nova direção: a vertical, dele para o Pai e do Pai para ele. E esse fluir de comunhão deságua em outra direção: a horizontal, na sua relação com o mundo e as pessoas que nele há, uma relação amorosa, comprometida, desinteressada e solidária.
Então chegamos ao ponto principal defendido pelos neopentecostais: ter todos os nossos pedidos atendidos. O que pedirá aquele que está comprometido com o Reino de Deus? Que valores estarão presentes na oração de quem deseja algo do céu sabendo-se cidadão do céu? Que motivação e que intenções comporão essa oração? Já não somos nós que vivemos, mas Cristo vive em nós. E esse Cristo vivo em nossos corações sabe fazer a oração correta, porque a sua existência está impregnada pela Palavra de Deus. Jesus deixa de ser uma senha que abre as portas dos cofres celestiais (onde afirmam existir o outro a prata e o bronze) e passa a ser Senhor, soberano da nossa vontade, dos nossos pedidos de oração. Não sabemos orar como convém, mas o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis. O Espírito milita contra carne e esta deve ser mortificada para que as nossas orações sejam santas e corretas.
Em duas situações o Senhor Jesus expressou o que deve estar em nosso coração no momento da oração. Primeiro, ao ensinar os apóstolos a orar da maneira correta, ele colocou uma ênfase na oração: “Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6:10). O que está em vista numa oração não é o que nós queremos, mas o que o Pai quer para nós. Por mais sinceras, necessárias e altruístas que sejam as nossas necessidades, todas devem estar submetidas à soberana vontade de Deus. A vontade que é feita no céu, devemos desejar para a nossa realidade terrena, entendendo que tudo repercute na eternidade. O segundo momento é na própria oração do Senhor Jesus no jardim do Getsêmani. Estando às portas da sua Paixão, Ele orou ao Pai que afastasse dele aquele cálice. Como Deus, Jesus sabia que sofrimentos terríveis o aguardavam naquela forma humana. A prisão, os açoites, o escárnio e, por fim, a sangrenta e brutal crucificação. Contudo, Ele ora: “Pai, se queres afasta de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lucas 22:42).
Jesus não precisava ter passado por aquilo tudo, porque éramos nós os merecedores daquela cruz. Ele nada fez para merecer tal morte, porque é justo e verdadeiro. Ele é Deus! Mas o grande amor com que nos amou, levou-o a entregar-se a si mesmo como sacrifício por nossos pecados. Esta era a vontade de Deus que Ele veio cumprir. Enquanto Ele, o próprio Deus, fez-se maldição em nosso lugar, abriu mão da sua glória e se tornou servo dos seus servos, nós buscamos a nossa vontade, exigimos os nossos direitos às bênçãos que dizemos terem sido conquistadas para nós na cruz, decretamos a nossa vitória, profetizamos o cumprimento das promessas. Que promessas? Em que momentos dizemos: “Senhor, não seja feito como eu quero, mas como tu queres”?
A teologia neopentecostal é desprovida de base bíblica e de graça. Ela é legalista, materialista e demoníaca. O cristão genuíno, convertido ao Senhor Jesus, busca a vontade de Deus, e a sua vontade é que vivamos em amor e cumpramos os seus mandamentos. Logo, nossos pedidos de oração devem ter o amor como base: amor a Deus e ao próximo. Eles devem, também, obedecer os parâmetros bíblicos e jamais ir contra os mandamentos de Deus. A nossa oração deve estar repleta de graça e de bondade, cheia da expectativa do agir soberano de Deus. Mais que desejar ardentemente que um pedido seja atendido, o nosso coração deve ansiar por ver a vontade de Deus se cumprindo, e se alegrar nisso, porque não teremos o que a nossa mente limitada planejou, mas o que de bom, perfeito e agradável Deus tem para nós.
Quais são os frutos das nossas orações? Quem poderá saboreá-los? Que frutos temos dado? Deus cuida de nós, abençoa-nos com toda sorte de bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo, provê-nos de tudo o que precisamos para viver (vida, ar, saúde, alimento, vestimenta, fé), dá-nos livramentos que nem sempre temos conhecimento, fortalece-nos, capacita-nos, reveste-nos de poder para pregar o seu Evangelho, enche-nos com seu Santo Espírito, santifica-nos na sua Palavra, adota-nos como seus filhos e nos destina para a eternidade ao seu lado. O que ainda mais temos a exigir? Vamos dar glória a Deus, porque Ele não atende a maioria das nossas orações. Vamos viver em santidade, em amor, servindo uns aos outros, sendo gratos por tudo, batalhando pela fé evangélica, socorrendo os necessitados. Busquemos em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, porque, de acordo com os valores desse Reino e o padrão de justiça de Deus, todas as demais coisas nos serão acrescentadas.
Amém.

Mizael de Souza Xavier

29.06.2016

terça-feira, 28 de junho de 2016

QUEM TEM PROMESSA NÃO MORRE!




Uma das frases mais equivocadas que li em uma postagem no Facebook foi: “Quem tem promessa não morre”. Logo me recordei da letra de uma canção: “Eu não morrerei enquanto Deus não cumprir em mim todos sonhos que Ele mesmo sonhou pra mim”. Por muitas vezes me consolei com essas palavras, entendendo que eu jamais iria morrer enquanto todos os planos de Deus para a minha vida não se cumprissem. Mas quais planos? Geralmente nós fazemos os planos, oramos pedindo que Deus os abençoe e consideramos que eles vieram de Deus para nós. Ou de repente, em um culto onde havia a presença de um “profeta”, foi profetizado algo sobre a nossa vida e passamos a viver em função disso, a aguardar a sua concretização. E acreditamos que, mesmo que passem cem anos, não morreremos enquanto a promessa não for cumprida. O texto que me vem à mente e que pode resumir a vida de muitos personagens importantes da Bíblia, naquilo que diz respeito à espera da concretização da promessa de Deus sobre a nossa vida, é o capítulo 11 de Hebreus. É inegável o plano maravilhoso que Deus tinha na vida daqueles homens e mulheres. Deus levou-os até onde desejava e operou neles e através deles aquilo que era a sua soberana vontade. Deus tinha um plano para Abraão: fazer dele uma grande nação. E fez. Tinha um plano para Moisés: usar a sua liderança para libertar o povo da escravidão do Egito. E libertou. As muralhas de Jericó ruíram segundo o propósito de Deus, Raabe preservou a sua vida. Tantos outros obtiveram promessas, todas obtidas por meio de muita tribulação e provação, fatores não considerados pelos crentes que hoje anseiam pela concretização das suas “promessas”. Mas o texto prossegue e afirma: “Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé, não obtiveram, contudo, a concretização da promessa” (v. 39). Neste ponto podemos perguntar espantados: como não? Então quer dizer que mesmo com seu bom testemunho, sua fé e todo o sofrimento que enfrentaram, eles não obtiveram a promessa? Até onde sabemos, Abraão foi pai de uma grande nação e Moisés libertou o povo do Egito. Como assim não obtiveram a promessa? O autor de Hebreus prossegue: “por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados” (v. 40). Para entendermos melhor ainda a questão, vamos retornar ao v. 13: “Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas, vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra”. Abraão saiu da sua terra e morreu sem enxergar a terra prometida, mas cria nas promessas de Deus. Mas o autor deixa bastante claro que, tanto Abraão quando todos os heróis da fé não aspiravam um espaço geográfico neste mundo, mas uma pátria superior, celestial. É o que lemos nos versículos 10 e 16. Então, que promessas temos esperado de Deus? Quê pátria anelamos? Se esperamos pela pátria celestial, sabemos que Jesus pode voltar a qualquer instante ou somente após a nossa morte. Se a nossa preocupação é com as bênçãos deste mundo, as riquezas que cremos que Deus nos prometeu (emprego, dinheiro, casamento, casa, carro, etc.), pode ser que elas cheguem antes de morrermos. Por outro lado, se queremos estar vivos para receber essas coisas, a concretização dessas “promessas”, pode significar que o nosso coração não está no Reino de Deus, na pátria celestial. Pode ser que não oramos clamando “Vem, Senhor Jesus”, porque não queremos morrer antes de obtermos aquilo que tanto almejamos. Onde está o seu coração? Leia Mateus 6:21. O que você tem buscado nesta terra? Leia Mateus 6:33. Qual o seu verdadeiro anseio? Leia Filipenses 1:21-23. É preciso recordar que não existe qualquer ensinamento bíblico que dê apoio à frase “Quem tem promessa não morre”. Todos nós temos uma promessa, tanto aqueles que creem em Cristo quanto aqueles que não creem

Para meditar: Hebreus 4:1; 9:15; 2 Pedro 3:13; Efésios 3:6; Gálatas 3:22; Atos 7:17; João 3:18.


Ação transformadora: Busque em primeiro lugar o Reino de Deus.

RESPEITANDO E INFLUENCIANDO




“Não compartilho meus pensamentos achando que vou mudar a cabeça de pessoas que pensam diferente. Compartilho meus pensamentos para mostrar às pessoas que já pensam como eu que elas não estão sozinhas”. Embora aparentemente altruísta, esta assertiva esconde diversas incoerências. Em primeiro lugar, deve-se respeitar a atitude do seu autor de não desejar exercer qualquer influência sobre o pensamento das outras pessoas, mas apenas demonstrar sua solidariedade para com aqueles que já pensam igual a ele. No mundo em que vivemos, todavia, influenciar e ser influenciado é algo que ocorre o tempo inteiro, quer queiramos ou não. Acima de tudo nas redes sociais, onde a diversidade de público é imensurável, nem sempre aquilo que pensamos encontrará apenas pessoas que pensam como nós. Pessoalmente, penso totalmente o inverso do autor da referida frase. O meu anseio é por influenciar o pensamento das pessoas, levá-las a questionarem as suas crenças e valores. No fim pode ser que elas cheguem à conclusão de que estão certas e eu errado, não é esse o problema. A questão é assumir uma posição pessoal diante de qualquer situação, ter uma opinião formada sobre algo, mesmo que vá contra o pensamento da maioria. Se o objetivo do autor é insinuar que devemos respeitar a opinião dos outros sem questioná-las, ele está enganado. As mídias tentam diariamente de todas as formas influenciar o nosso pensamento, levando-nos a acreditar que precisamos com urgência dos seus produtos e serviços. As propagandas político-partidárias objetivam nos convencer de que certo candidato é o ideal. Estamos sempre sendo bombardeados por informações contrárias àquilo em quê acreditamos. Cabe a nós aceitá-las ou não, comprá-las ou não. Por outro lado, devemos de fato tentar mudar a cabeça das pessoas, buscando formas de convencê-las a se desviarem do mau caminho: das drogas, dos crimes, da violência, da mentira. Propagandas, campanhas, pregações, mensagens, vídeos são criados nesse sentido: mudar a opinião dessas pessoas e levá-las a pensar diferente. Não fazer isso é egoísmo e indiferença. Viver é influenciar. Liderança é influência. Tudo e todos o tempo inteiro estão exercendo algum tipo de influência, boa ou má. Tal frase jamais caberá na realidade da Igreja de Jesus, que diariamente exerce influência sobre o mundo por meio da pregação do Reino de Deus, uma pregação que subverte as estruturas mentais hodiernas e aponta para a verdade absoluta do Evangelho de Cristo. Jesus e suas palavras influenciaram as pessoas da sua época, há mais de 2 mil anos atrás e continuam a influenciar até hoje. E o chamado de Jesus não é ao conformismo, à manutenção de um estado de coisas, mas à conversão, à transformação integral de vidas. Como discípulos de Jesus, somos o sal que não salga a si mesmo, mas onde não existe sal. Somos a luz que não ilumina a si mesma, mas onde as trevas imperam. Respeitemos a opinião dos outros, mas nunca deixemos de ser boas influências.

Para meditar: Isaías 61:1; Mateus 4:17; Marcos 16:15; Atos 5:42; Romanos 10:12-15; 2 Timóteo 4:2.


Ação transformadora: Aprenda a escutar antes de falar.

VÁ ATRÁS DO QUE TE FAZ FELIZ




“Vai atrás do que te faz feliz, não importa o que os outros vão dizer. O importante é o seu sorriso, o importante é você estar bem. Em primeiro lugar, se ame!”. Outra bela frase de autoajuda, daquelas que nos animam e nos colocam num lugar privilegiado: antes e acima de todas as outras pessoas. Esse pensamento egoísta e individualista faz muito sentido em um mundo cheio de pecado, onde o amor resume-se na satisfação hedonista das próprias necessidades e ambições. Um mundo dominado pelo capitalismo predatório, pela competitividade mesquinha, pela ganância por bens materiais. Não importa a opinião de ninguém, o importante é ir à busca da própria felicidade. Mas e se essa felicidade significar prejuízo para as demais pessoas? E se para eu ser feliz alguém precisar sofrer, perder algo, ser infeliz? Então se o que me faz feliz é ter muitas mulheres, usar drogas, adulterar, mentir, roubar, matar eu devo ir à busca disso sem me importar com o que vão dizer? Como poderei sorrir e me sentir bem ás custas da desgraça dos outros? Como não me importar com quem está ao meu lado? Imagino que um filho deva fazer aquilo que achar melhor sem se importar com o que seus pais dirão. Frases como essas desconstroem a vida humana, levam as pessoas a uma busca insana por uma vida perfeita que não existe. Como já afirmei, somos seres interdependentes. É preciso saber que aquilo que pensamos, sentimos, somos e fazemos afetará de algum modo a vida das outras pessoas. É preciso pensar nelas antes de qualquer decisão. Por falta dessa preocupação com o bem-estar do próximo, com a felicidade do vizinho, com as implicações negativas que as nossas atitudes podem ter na vida da nossa comunidade é que existem as guerras, os conflitos, as separações, os assassinatos, o tráfico de drogas. Trazendo essa frase para a realidade cristã focada na Revelação bíblica, firmada em Cristo Jesus, ela destrói inúmeras verdades eternas. Jesus, o próprio Deus encarnado, fez a sua própria vontade? Escrevendo aos crentes de Filipos, o apóstolo Paulo exemplifica claramente como deve ser a atitude do cristão na questão levantada pela frase que estamos estudando: “Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa. Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz” (Filipenses 2:1-8). Devemos amar a nós mesmos, mas é preciso amar primeiramente a Deus. Amar a si mesmo não significa amar-se independente das pessoas ou apesar delas. O mandamento não é este em Mateus 19:19. Amor próprio não é egoísmo, não é autossuficiência. Impossível se amar sem se reconhecer dependente do outro. Devemos estar certos de que nos amamos, mas se nosso amor próprio não acontecer verticalmente (nós e Deus) e horizontalmente (nós e o outro), não é amor, é egolatria.

Para meditar: Tiago 2:8; Gálatas 5:14; Romanos 13:9; Mateus 19:19; 2 Timóteo 3:2.

Ação transformadora: Pratique a felicidade solidária.