Foram
muitos os momentos da minha vida – e ainda há – em que me ajoelhei aos pés do
Senhor clamando pela sua misericórdia e o seu perdão. Estamos sempre querendo
acertar, desejando seguir os mandamentos de Deus, mas nem sempre conseguimos,
porque o pecado habita em nós e por vezes nos conduz ao caminho do erro. Com o
rei Davi não era diferente. Uma particularidade da Bíblia é relatar não somente
a força, a sabedoria e a glória dos seus personagens. À exceção do Senhor
Jesus, que não pecou, a Bíblia relata, também, os equívocos e pecados cometidos
por seus heróis, demonstrando que eles eram tão humanos quanto nós e nos
fazendo entender que somente a Deus pertence a glória e somente Ele é perfeito
e totalmente justo. Davi estava aflito,
pois passava por um período de enfermidade quase fatal e cria que ela era fruto
da ira de Deus que se abatera sobre a sua vida. Esse momento de doença atraía o
olhar dos seus inimigos, que sentiam-se triunfantes. E quantas vezes isso
acontece conosco! Passamos por um momento de luta, de tribulação, de desespero,
de doença e as pessoas dizem: “Está vendo ali o crente como sofre? Onde está o
seu Deus?”. Ou quando cometemos algum erro, algum pecado, todos os dedos são
apontados para nós e as pedras são jogadas: “Está vendo como peca aquele que se
diz servo do Senhor?”. A nossa atitude deve ser como a de Davi: clamar pela
misericórdia de Deus, pelo perdão dos nossos pecados. Muitos dizem; “Eu não
posso, não consigo, é mais forte do que eu!”. Davi também não podia por seu
próprio poder, mas confiava em Deus: “Volta-te, Senhor, e livra a minha alma;
salva-me por tua graça” (v. 3). Somente a graça de Deus pode nos libertar e nos
salvar dos nossos pecados. A enfermidade do corpo em breve passará, mas a alma
doente sofrerá um dano irreparável se não for curada. Quando devemos buscar ao
Senhor? Quando devemos clamar por sua misericórdia com o coração sincero e
desejoso por mudança? Agora, pois depois da morte não existe mais perdão (v.
5). Os ossos de Davi se abalavam diante da sua dor (v. 2). Muitos pecados nos
aprisionam na doença, muitas delas psicossomáticas, algumas pessoas entram em
depressão, outras têm tendência suicida. Separações de casais são frequentes
por conta de pecados não confessados e abandonados. Não fiquemos com os olhos
cheios de lágrimas, tristes, arrasados (v. 7). Busquemos a presença do Senhor,
confessemos os nossos pecados, clamemos por sua misericórdia. Ele com certeza
nos ouvirá e nos perdoará. Nossos inimigos serão envergonhados! Todavia, a
nossa motivação não deve ser apenas a nossa dor ou o olhar reprovador das
pessoas, mas o fato de estarmos pecando contra um Deus Santo e Justo, que
merece todo o nosso amor, a nossa obediência e o nosso serviço.
Para meditar: Lucas 13:3; Atos 3:19; Ezequiel
18:31; Isaías 1:16-20; 1 João 1:9; 2 Crônicas 7:14; Romanos 4:25.
Ação transformadora: Arrependa-se e peça perdão a Deus.
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